quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Celebrando a Sua bondade

Proferirão abundantemente a memória da tua grande bondade, e cantarão a tua justiça.”
Salmos 145:7

            Hoje eu me peguei agradecendo a Deus por diversas coisas no meio de uma semana bastante peculiar na minha vida. Foi legal ver aquilo, porque sei que preciso aprender a ser mais grata pelas coisas boas que me acontecem, que o Senhor me dá.
            No final da semana passada, tive uma crise forte de sinusite, que não é novidade nessa época do ano aqui em Brasília, e acabei indo para emergência e consequentemente no antibiótico, antialérgico e spray nasal. Isso foi sexta. Até aí, tudo bem.
            Na quinta-feira, no entanto, meu olho esquerdo havia ficado com um leve embaçado, e a segunda chegou e ele não sumia. Fui ao médico e ele falou que eu estava com uma inflamação na parte interior do olho e ela estava causando aquele embaçamento. Resultado: alguns exames, mais um antibiótico e três colírios, um dos quais deixa minha pupila dilatada 24h, rsrs... Fun times!
            Meu corpo acabou ficando febril e doído; há literalmente duas guerras sendo travadas dentro de mim, e por isso acabei passando dois dias só em casa, tentando deixar ele usar toda a minha energia pra vencer essas batalhas.
            No meio disso, pude refletir que eu precisava desses dias, precisava me aquietar, e quase senti como se esse foi o jeito que o Senhor arranjou de me fazer parar e só descansar. Vi o cuidado Dele nisso. E hoje, mais uma vez, Ele me atraiu a Ele com Sua doce voz dentro de mim, e me fez agradecer por minha família, tão preciosa e tão especial e que está cuidando de mim tão bem, pelo Du, o namorado lindo que está sempre mandando mensagem pra saber como estou e me lembrando de tomar os remédios, por estar em casa nesta semana tão debilitante e por ter esse luxo de simplesmente ficar aqui esses dias até me recuperar, por ter um plano de saúde e dinheiro pra pagar todos os remédios, que não foram nada baratos... São tantas coisas, tantas memórias da Sua grande bondade!...
Ele sempre provê, sempre cuida, sempre ouve e sempre responde... no tempo certo, que é o tempo Dele. Ele cria circunstâncias doidas, se preciso for, para me fazer crescer e amadurecer. Consigo ver a Sua mão em cada aspecto da minha vida, e ter toda essa atenção do Criador do Universo e poder chamá-Lo de Pai, Amigo, Protetor, Salvador, Provedor, Consolador, entre tantas outras coisas, só gera ainda mais gratidão e amor em mim a Ele, o dono do meu coração.  
            Me peguei cantando uma música que eu amo muito e que parece sempre ser a perfeita oração a ser feita. Assim termino esse post com ela, tendo como esperança que, seja o que for que você esteja passando (e sei que muitos estão passando por coisas muito piores, tipo, sem comparação), você consiga ver a mão e o amor do Senhor sobre você e que Ele te ajude a ver a Sua bondade mesmo em meio aos tempo difíceis e que isso te traga força para a batalha.



Oh, the mysteries of the sea and sky

And how the rain falls down
When the earth cries out water



Oh, in secret You fashioned
These arms to raise a worthy praise
And these lips to sing of a love I stumbled onto
It's why I'm here to say thank You



And
Oh, I sigh at Your wonders
Oh, Lord, I labor for breath
At Your creation



Your majesty it has my attention
And Your sovereignty it has my devotion
And You still have my heart



Oh, it's impossible to say
There is another God like You
In all Your ways You are
Speaking still and I, I am listening



And oh the image of bright red blood

That ran to save and rose to make my life
Brand new it's why I'm here
To say thank You, thank You


Rita Springer - You still have my heart

P.S.: Foi um desafio escrever esse post com um olho dilatado rs, mas meu coração estava tão transbordante que não quis perder a oportunidade. :) 

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O desconfortável, por favor!


É sábado e eu tive que acordar cedo para pegar dois ônibus e atravessar a cidade e servir numa congregação limpando o chão. Depois, tivemos uma reunião informal. Confesso que, quando acordei às 7h40 da manhã e pensei nessa lista de coisas que eu iria fazer para começar o meu dia de folga, não fiquei muito animada para levantar, mas o dever nos chama e a gente obedece. No entanto, não me passou pela cabeça o quanto eu sairia encorajada daquele tempo e daquela reunião. Conheci pessoas que estão buscando viver a igreja e o reino mesmo quando não é fácil fazê-lo. Inspirador! 
Eles me falaram sobre como as pessoas daquela área, ao longo dos anos, desenvolveram uma cultura de depender dos benefícios do governo, o que os levou a parar de trabalhar e consequentemente a valorizar menos o ir à escola e o receber uma educação formal. Muitos deles desenvolveram problemas de saúde mental, e me pergunto se, se eles conseguissem ver novamente como o trabalho dignifica o homem e como o crescimento intelectual nos faz amadurecer como pessoa, eles voltariam atrás em seus conceitos e teriam a chance de viver uma vida melhor e mais produtiva. 
Depois disso, fui pegar o ônibus para ir para o centro da cidade, e esperava pegar um ônibus vazio, onde pudesse me sentar e mecanicamente mexer em meu celular como a gente faz. Mas, para minha supresa, o ônibus estava cheio e tive que ficar em pé perto de um carrinho de neném. Amo crianças então logo rolou uma conversinha com o neném e sua mamãe. Foi um momento curto mas super agradável, daqueles que fazem seu coração sorrir tranquilo e despreocupado. Mas se o ônibus não estivesse cheio ele provavelmente nunca teria acontecido. 
Então cheguei ao centro e me vi caminhando pela rua com minha mochila pesadinha. Saí de manhã preparada para passar o dia fora e, na minha tentativa de estar preparada para tudo que pudesse acontecer durante o dia, acabei colocando mais coisas na mochila do que realmente vou precisar, ou seja, excesso de bagagem. 
Tenho mania disso; só quero fazer as coisas quando estou pelo menos me sentindo o mais preparada possível, quando pensei nas possíveis coisas que podem dar errado e em como eu vou resolvê-las. Isso por um lado é muito bom e já me livrei de situações embaraçosas, bem como ajudei outros nelas, só por ser prevenida. Mas olhando para trás também vejo o quanto eu perdi, quantas oportunidades de me divertir e de ajudar outros eu perdi simplesmente por ser tão metódica. 
Por isso hoje procuro arriscar mais, me colocar voluntariamente em situações desconfortáveis, porque num simples dia é possível ver como elas são também imprevisíveis e como nos fazem mais bem do que mal. Percebi que, até para escrever, sou bem menos produtiva quando estou em casa, no conforto, onde há poucos desafios e onde a ordem das coisas é pouco alterada. Mas quando estou fora as palavras parecem sempre voar numa ordem bagunçada na minha cabeça e mesmo assim tudo parece fazer sentido. 
Uma vez eu li em algum lugar (desculpa pela falta de referência) que: "Nossas escolhas de hoje determinam quem nós seremos amanhã". E isso é tão verdade em todos aspectos da vida! Vemos como a escolha desconfortável de estudar quando criança e adolescente nos permitiu prosseguir com os estudos e nos formar, o que no geral nos dá a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. A escolha, muitas vezes desconfortável, de ir para o trabalho todos os dias gera em nós um senso de dignidade e propósito como nada mais poderia (ou pelo menos é assim que deveria ser). A escolha um tanto desconfortável de perdoar e continuar amando seu familiares e amigos quando eles falham com você possibilitará relacionamentos profundos e saudáveis - essenciais para a vida. A escolha extremamente desconfortável de negar a si mesmo, carregar a sua cruz e seguir a Jesus parece uma oferta louca e absurda num mundo onde a prioridade é fazer sempre a nossa própria vontade. No entanto, essa escolha de viver para o Rei que tanto nos amou que nos criou à sua imagem e semelhança (como os filhos são com relação a seus pais) tem uma recompensa eterna maior e mais satisfatória do que qualquer coisa que possamos experimentar durante nossa passageira vida nesta terra.
Assim, seja nas pequenas situações do dia a dia ou nas grandes decisões da vida, tenho visto que vale a pena escolher o caminho menos confortável.